Raio de Luz - 2º capítulo (03/09/13)
_Moço por favor... ai ninguém me escuta! Só quero pedir uma informação senhora...
_Desculpa estou com pressa filha...- e se esvai a senhora com pressa mesmo.
_E agora, Rua Charles Russel, onde será que fica essa rua nesse bairro... senhor por favor, só um minuto!
_Diga rápido minha filha.
_O senhor sabe onde fica essa rua - diz Paola mostrando o papel com o nome da tal.
Depois de tanto tempo, Paola fica feliz em ter alguém que a ajude, e esse senhor parece ter dado as coordenadas corretas.
_____________ESCRITÓRIO_____________
_Senhor Eduardo Ramos está lhe esperando senhor - diz a secretária no telefone com aquela voz aguda - Sim senhor... - desliga o telefone - Pode entrar senhor Ramos, o doutor Luís está a sua espera.
_É o mínimo que se pode esperar de um velho folgado.
Senhor Luis é pai de Eduardo, mas não conseguia mais ficar na empresa que fundou, então escolheu o filho pra seguir seus negócios e abriu um escritório bem longe da empresa apenas para visitar mais sérias, bem longe dos funcionários.
_Pai, tenho coisas muito importantes para resolver com você e precisa ser agora!
_Acho que eu tenho tempo... diga.
_Você tem de ter tempo para essas coisas, porque a situação econômica da sua odiada empresa está caindo drasticamente!
_Hum... vou ver o que posso fazer, e então como vão as coisas? Não vai casar logo não?
_Pai! Tenta levar os assuntos do que traz sustenta a anos para casa pelo menos agora! Não estamos falando de casamento e sim de uma futura empresa f-a-l-i-d-a.
_FALIDA!
_Sim, se continuar do jeito que está em breve não terá mais empresa ramos.
_Mas a empresa nunca chegou a um estado como esse... e...
_E vai falir?!
_Não, ela não vai falir! Diga a situação...
_Ainda bem que eu vim cedo então, porque são várias coisas, como por exemplo a falta de......
_______EMPRESA________
_Aqui! Consegui encontrar, graças a Deus! - exclama Paola com um sorriso.
O prédio do talvez futuro emprego de Paola é grande e ela entra encantado pela porta de vidro automática, nunca trabalhara em um lugar como aquele. Ela então pede informação na recepção.
_Bom Dia posso ajudar?
_Sim Suzy - o nome da recepcionista estava no crachá - Eu gostaria de saber onde é o escritório, isso o escritório da empresa.
_Você veio fazer uma entrevista?
_Isso mesmo.
_Seu nome por favor?
_Paola... Paola Maria de Moraes. Aqui está meus documentos - diz entregando-os à Suzy.
_Muito bem... olha, você pode até subir mas vai ter de esperar um pouco para a entrevista, viu um anúncio?
_Isso, no jornal.
_Tudo bem, 10º andar. Pode ir e um Bom Dia.
_Muito obrigada, por ali né?
Suzy assenti e aponta para o elevador. Paola então caminha até ele e aperta o botão subir.
_____CASA DE PAOLA_____
_SOME DAQUI! - Scheila está furiosa.
_Não, só se você me der um beijinho... - José, o ex, está bêbado de novo.
_Aqui você não entra seu vagabundo!
_Agora então a dona Scheila Maria resolve me chamar de vagabundo... mas quem trazia o sustento pra casa em sua vadia?
_Não interessa nada agora, só me interessa te ver longe daqui! SAI!
_Não! E agora você vai pagar por ter me traído! - José saca uma faca do seu bolso e Scheila fecha a porta depressa.
_SAI DAQUI SE NÃO EU CHAMO A POLÍCIA! - diz ele apavorada gritando dentro de casa.
_Não saio enquanto você não pagar sua dívida!
_QUE DÍVIDA!! NÃO TE DEVO NADA ASSIM COMO VOCÊ NÃO ME DEVE! ENTÃO SOME DA MINHA VIDA E DA VIDA DA MINHA FILHA!
Nesse momento curiosos vizinhos saíram nas janelas e portas para verem a discussão.
Scheila sente algo a acertando nas costas como uma estocada. Era a faca que tinha atravessado a porta fina de madeira e a acertado por trás. Dessa vez José fez o que tinha prometido, pelo menos a apunhalou como sonhara.
Nisso chega uma viatura da polícia, provavelmente chamada pelos vizinhos.
_LEVANTA AS MÃOS PRA CIMA! - diz o policial apontando a arma para José.
_Hahahaha - José começou a rir descontroladamente.
_LEVANTA AS MÃOS!
_Vocês me querem né seus vagabundos... mas não vão ter! Só se me buscarem debaixo da terra!
Os vizinhos ficaram boquiabertos. José se suicidou, enfiando a faca no próprio peito e caindo a chão num rio de sangue cor de petróleo. Nunca ninguém havia presenciado algo parecido naquele bairro.
_________EMPRESA_________
Paola chega ao escritório e é recebida por uma mulher aparentemente bem afeiçoada, mas com cara de snob.
_Oi, o que procura?
_Bom Dia, meu nome é Paola e...
_Já sei, entrevista né?
_Exatamente - disse Paola muito sem graça.
_Tá, você pode sentar ali e esperar.
_Tudo bem.
_Ah sim, e me dê seus documentos e currículos se tiver... você tem?
_Claro, aqui está.
Paola então vai se sentar a espera da entrevista e fica impressionada por tamanha falta de educação. Paola então vê que algum número desconhecido ligando pra ela, mas não atende pois seria anti-ético atender algo naquela empresa tão certinha e bonita. E recebe mais e mais, mas então ela resolve desligar o celular.
_________ESCRITÓRIO_________
_Então é isso pai! E aí como salvamos?
_Vou analisar Eduardo, pode ir.
_Tudo bem, espero que o senhor se preocupe dessa vez mesmo!
_Claro que eu vou me preocupar, envolve muito dinheiro.
_Ganancioso! Tchau, até mais tarde.
_Até mal agradecido... - Eduardo sai - Faço tudo por esse moleque e ele me agradece assim - Luis olha os papeis - Mas é mesmo muito dinheiro hein...
________CASA DE PAOLA_________
Ambulância, polícia, a rua estava um caos. Vizinhos curiosos vendo dona Scheila sendo carregada até a ambulância e o corpo de José coberto com um pano preto no chão.
_Ai moça está doendo aqui - Scheila aponta uma das costelas.
_Senhora, nós vamos cuidar desse ferimento, a senhora vai ser levada ao hospital agora.
_E minha filha?
_A senhora não tinha dito sobre ela, ela tem algum aparelho telefônico?
_Sim, mas eu não lembro o número, está escrito lá dentro.
_Tudo bem senhora, nós vamos avisá-la ok?
Dona Scheila está sentada na ambulância e vê um policial sendo avisado pela enfermeira de sua filha, e o policial se dirige até a casa e traz um papel nas mãos. O número.
_Filha atende pelo amor de Deus...
(CONTINUA...)
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